segunda-feira, 28 abril, 2025

Região Norte: Rondônia pontua a 2ª colocação em assassinatos de pessoas trans e travestis

Com duas mortes, a federação só perde para o Pará, com cinco assassinatos em 2024.

Lançado no início desta semana, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) divulgou o ranking dos estados com os maiores índices de assassinatos de pessoas trans. O Brasil, segundo a instituição, fechou o ano de 2024 com 122 assassinatos de pessoas trans e travestis.

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Na comparação com 2023, a pesquisa informa: “houve uma redução de 16%, caindo de 145 para o número divulgado este ano pelo relatório.”

Em se tratando das regiões do país, a maior concentração de assassinatos, segundo dados da ANTRA, foi observada na região Nordeste, com 49 assassinatos (41%); em seguida, a região Sudeste com 41 casos (34%), o Centro-Oeste com 12 (10%) casos, o Norte com 10 (8%) casos e o Sul com 8 (7%) assassinatos.

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Na Região Norte, o levantamento aponta o estado do Pará em primeiro lugar nos assassinatos de pessoas trans. Foram cinco mortes em 2024. Em seguida, vem Rondônia com dois assassinatos; ou seja, esses estados, ainda que diante de ações para descriminalizar problemas relacionados ao preconceito, fizeram da região o epicentro desses crimes. No nivelamento, Brasil, Pará e Rondônia ocupam a 10ª e 17ª posições.

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No relatório, a idade das pessoas assassinadas também é um fator preocupante. “Jovens trans entre 15 e 29 anos têm sido os alvos mais recorrentes das dinâmicas de violência”, informa.

Nesse caso, a ANTRA faz um alerta sobre o que estaria por trás do problema. “É importante notar que, apesar da tentativa de setores conservadores de barrar o progresso trans, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem atuado como um importante guardião de direitos, derrubando diversas leis inconstitucionais, como a proibição da linguagem neutra em Rondônia ou a instalação de banheiros multigênero em Santo André. Essa atuação reforça que, mesmo com as adversidades, o Brasil ainda conta com instituições que reconhecem e defendem a dignidade e os direitos das pessoas trans”, reforça Bruna Benevides, presidente da ANTRA.

Por fim, a ANTRA deixa evidente que, apesar da colaboração de setores como o STF no cumprimento das leis, o Brasil precisa evoluir no tratamento das pessoas trans. “Apesar de uma redução de 16% nos casos de assassinatos de pessoas trans em relação ao ano anterior, o cenário permanece adverso, sem políticas públicas efetivas para combater essa violência. Isso se torna evidente ao observar que, mesmo com a diminuição nos dados registrados pela pesquisa, o Brasil segue, pelo 16º ano consecutivo, como o país que mais assassina pessoas trans no mundo”, conclui.

Leia o relatório na íntegra.

 

Fonte News Rondônia

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